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Muito mais humano, serviço de Home Care está crescendo rapidamente

Depois de um ano e três meses acompanhando a mulher todos os dias no hospital, o advogado Paulo Maia, de 75 anos, recebeu a indicação médica de que ela poderia continuar internada, mas em casa. Há cinco anos, um dos quartos do casal foi praticamente transformado em uma unidade hospitalar, com cama, equipamentos e toda uma equipe de profissionais que cuida de Rosa, de 72 anos, 24 horas.

Em seis anos, o número de estabelecimentos que prestam serviço de home care (atendimento domiciliar), como o que atende Rosa, quase triplicou no País. Segundo boletim econômico da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp), o Brasil tinha 392 dessas clínicas no ano passado – eram 138, em 2011. Em apenas um ano, o crescimento foi de 35% enquanto os outros serviços da saúde tiveram um aumento de apenas 5%.

Para Yussif Ali Mere Júnior, presidente da Fehoesp, esse serviço destoa e cresce mais do que o restante por causa do envelhecimento populacional, que demanda novos tipos de cuidado na saúde, e também pelo aumento do número de planos que oferecem a cobertura do home care. “Os convênios tinham, e alguns ainda têm, resistência ao tratamento domiciliar. Mas muitos perceberam que, além de proporcionar um cuidado mais humanizado ao paciente, também sai mais barato do que manter a internação”, diz.

Segundo Maia, como sua mulher tinha quadro de saúde estável, a internação domiciliar era a opção mais econômica para o plano de saúde. “Ela teve um AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico, até hoje não fala, não se mexe, se alimenta por sonda. Não fosse o home care, ela ainda estaria no hospital. Para nós da família, e também para ela, é muito melhor que esteja em casa, é muito mais confortável”, afirma.

Crescimento

A Fehoesp projeta que o número de estabelecimentos com esse serviço continue crescendo nos próximos anos pela popularização do home care e também pela maior facilidade na contratação de profissionais com as mudanças trazidas pela reforma trabalhista – as clínicas poderão contratar profissionais por menos horas ou fazer contratos mais flexíveis.

Indicação médica e economia são fatores-chave

As entidades que representam os planos de saúde ressaltam que o pagamento dos serviços de home care não é obrigatório e ele é ofertado por alguns convênios dentro de contratos específicos. Segundo elas, as condições para a oferta ainda são incertas, especialmente em relação ao tempo de utilização, o que dificulta a ampliação da cobertura.

José Cechin, diretor executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), diz que, quando há indicação médica para a continuação dos cuidados em casa e essa situação representa uma economia em relação à internação, os planos cobrem a assistência. “Há uma tendência à desospitalização sempre que a atenção domiciliar for mais econômica. Não seria racional do plano negar essa assistência”, diz.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) também avalia que o envelhecimento da população contribui para o crescimento da oferta de home care.

Fonte: Terra.

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